Chevron afirma que a mancha sumiu do mar; prefeito sobrevoa Bacia de Campos e contesta afirmação |
Apesar do presidente da Chevron para América Latina, Ali Moshiri, ter afirmado que a mancha de óleo no mar, causada pela petrolífera norte-americana no Campo do Frade, desapareceu, imagens captadas pela comissão liderada pelo prefeito de Macaé e presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Riverton Mussi (PMDB), nesta sexta-feira (25), em sobrevôo na Bacia de Campos, mostram o contrário.
Segundo o prefeito, que sobrevoou a área no final da manhã, a mancha de petróleo no mar é visível, extensa e ocorre em diversos pontos do mar. “É lamentável ver um derrame de petróleo, saber que a dimensão foi muito maior ao longo desses quase 20 dias e contabilizar o impacto que ele causa em todo o ecossistema marítimo e na atividade pesqueira de Macaé e região”, destacou o prefeito, que fez o sobrevôo acompanhado do deputado estadual Sabino (PSC), do secretário do Ambiente, Maxwell Vaz e do procurador da República Flávio de Carvalho.
O presidente convocou um encontro extraordinário da Ompetro nesta quinta-feira (1) para discutir judicialmente o caso. “Vamos fazer uma reunião entre as procuradorias dos municípios e a parte jurídica da Ompetro para verificar até onde os municípios podem chegar com uma ação jurídica. A orla é de competência federal, mas os impactos são de competência municipal. Não há algo definido, mas a Ompetro vai verificar todas as viabilidades”, disse.
A atuação do IBAMA e do Inea foi lembrada pelo prefeito no caso, mas a ação efetiva dos municípios é vista como fundamental. “Os técnicos nos informaram que o óleo não deve chegar à praia de Macaé, devido às correntes. No entanto, a possibilidade não está totalmente descartada. Precisamos defender a orla dos nossos municípios, mesmo que o IBAMA e o Inea estejam tomando providências”, acentuou o prefeito, que criticou novamente a Chevron por não passar informações sobre o derrame. “Os municípios, que são os que mais sofrem, foram os últimos a saber”, assinalou.
Para o presidente da Ompetro, as perdas que a classe pesqueira podem sofrer, inclusive de equipamentos, e a possibilidade de desemprego nas empresas contratadas pela Chevron representam mais impactos do vazamento do óleo.
Sabino representou a comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e o procurador da República Flávio de Carvalho representou o Ministério Público Federal (MPF). O procurador da República informou que o Ministério Público Federal, por meio de seu escritório em Macaé, abriu três inquéritos civis públicos para apurar as causas e conseqüências do derrame de óleo.
Segundo Carvalho, dois inquéritos vão apurar os efeitos da poluição na vida marinha da Bacia e os prejuízos à atividade pesqueira no litoral norte do estado do Rio. O terceiro visa identificar as causas do vazamento e tratar do Plano Nacional de Contingência. O procurador da República também quer saber se as fiscalizações do IBAMA e da ANP estão sendo feitas com efetividade.
Para o representante da comissão de Defesa do Meio Ambiente, deputado Sabino, o sobrevôo confirmou o acidente “de proporções que ainda não se pode dimensionar”. “Há indícios claros de vazamento, uma mancha imensa sobre o mar. Fica a confirmação de que a atividade petrolífera é de altíssimo risco, mesmo que alguns deputados federais e senadores da República não tenham esse entendimento. Esperamos que esse fato abra os olhos dos deputados e permita que eles vejam a exata condição que vivem os municípios que produzem petróleo nesse país, com riscos ao meio ambiente, às atividades econômicas e à pesca”, analisou.
A instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi comentada pelo deputado. “A Assembléia precisa investigar as causas, se essas empresas e outras cumprem o protocolo necessário para garantir a segurança dessas atividades e também se essas multas ou se os danos serão reparados”, ratificou Sabino, que elogiou a iniciativa do prefeito Riverton de sobrevoar a área para conhecer em campo o problema. “Foi fundamental o convite para um representante da comissão participar”, ressaltou.
Secretário de Ambiente diz que há indícios de vazamento
Após sobrevoar a Bacia de Campos, o secretário de Ambiente de Macaé, Maxwell Vaz, revelou que o óleo pode ainda não ter parado de vazar.
“Identificamos que ainda há indícios de vazamento. Vamos analisar com precisão o material fotográfico e de filmagem, mas pelo visual, observamos que ainda tem um pouco de vazamento. Verificamos várias áreas manchadas por óleo, rebocadores ainda tenham fazer dispersão do óleo, mas ecologicamente, não é bom. Essa lâmina de água superficial é rica em algas, plânctos, fitoplânctons, que são o início da cadeia alimentar da vida marinha. Então todos esses seres estão comprometidos porque o óleo está sobre eles, não permitindo a passagem de luz”, atestou.
O secretário avaliou que a possibilidade do óleo chegar às praias de Macaé é remota, porque a predominância da corrente Brasil, que passa pela costa, leva o petróleo para outra área, em direção à África. Mas ele comentou que pode haver morte de fauna. “Espécies marinhas como baleias, golfinhos, tartarugas, precisam subir para respirar e o óleo causa dano a essa fauna marinha”, pontuou.
A estimativa da ANP é a de que a mancha agora tenha 3,8 quilômetros de extensão e cerca de um quilômetro de área, contra os cerca de dois quilômetros quadrados observados na segunda-feira (21). A ANP também disse que "ainda é possível notar o afloramento de óleo na superfície”.
Segundo o prefeito, que sobrevoou a área no final da manhã, a mancha de petróleo no mar é visível, extensa e ocorre em diversos pontos do mar. “É lamentável ver um derrame de petróleo, saber que a dimensão foi muito maior ao longo desses quase 20 dias e contabilizar o impacto que ele causa em todo o ecossistema marítimo e na atividade pesqueira de Macaé e região”, destacou o prefeito, que fez o sobrevôo acompanhado do deputado estadual Sabino (PSC), do secretário do Ambiente, Maxwell Vaz e do procurador da República Flávio de Carvalho.
O presidente convocou um encontro extraordinário da Ompetro nesta quinta-feira (1) para discutir judicialmente o caso. “Vamos fazer uma reunião entre as procuradorias dos municípios e a parte jurídica da Ompetro para verificar até onde os municípios podem chegar com uma ação jurídica. A orla é de competência federal, mas os impactos são de competência municipal. Não há algo definido, mas a Ompetro vai verificar todas as viabilidades”, disse.
A atuação do IBAMA e do Inea foi lembrada pelo prefeito no caso, mas a ação efetiva dos municípios é vista como fundamental. “Os técnicos nos informaram que o óleo não deve chegar à praia de Macaé, devido às correntes. No entanto, a possibilidade não está totalmente descartada. Precisamos defender a orla dos nossos municípios, mesmo que o IBAMA e o Inea estejam tomando providências”, acentuou o prefeito, que criticou novamente a Chevron por não passar informações sobre o derrame. “Os municípios, que são os que mais sofrem, foram os últimos a saber”, assinalou.
Para o presidente da Ompetro, as perdas que a classe pesqueira podem sofrer, inclusive de equipamentos, e a possibilidade de desemprego nas empresas contratadas pela Chevron representam mais impactos do vazamento do óleo.
Sabino representou a comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e o procurador da República Flávio de Carvalho representou o Ministério Público Federal (MPF). O procurador da República informou que o Ministério Público Federal, por meio de seu escritório em Macaé, abriu três inquéritos civis públicos para apurar as causas e conseqüências do derrame de óleo.
Segundo Carvalho, dois inquéritos vão apurar os efeitos da poluição na vida marinha da Bacia e os prejuízos à atividade pesqueira no litoral norte do estado do Rio. O terceiro visa identificar as causas do vazamento e tratar do Plano Nacional de Contingência. O procurador da República também quer saber se as fiscalizações do IBAMA e da ANP estão sendo feitas com efetividade.
Para o representante da comissão de Defesa do Meio Ambiente, deputado Sabino, o sobrevôo confirmou o acidente “de proporções que ainda não se pode dimensionar”. “Há indícios claros de vazamento, uma mancha imensa sobre o mar. Fica a confirmação de que a atividade petrolífera é de altíssimo risco, mesmo que alguns deputados federais e senadores da República não tenham esse entendimento. Esperamos que esse fato abra os olhos dos deputados e permita que eles vejam a exata condição que vivem os municípios que produzem petróleo nesse país, com riscos ao meio ambiente, às atividades econômicas e à pesca”, analisou.
A instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi comentada pelo deputado. “A Assembléia precisa investigar as causas, se essas empresas e outras cumprem o protocolo necessário para garantir a segurança dessas atividades e também se essas multas ou se os danos serão reparados”, ratificou Sabino, que elogiou a iniciativa do prefeito Riverton de sobrevoar a área para conhecer em campo o problema. “Foi fundamental o convite para um representante da comissão participar”, ressaltou.
Secretário de Ambiente diz que há indícios de vazamento
Após sobrevoar a Bacia de Campos, o secretário de Ambiente de Macaé, Maxwell Vaz, revelou que o óleo pode ainda não ter parado de vazar.
“Identificamos que ainda há indícios de vazamento. Vamos analisar com precisão o material fotográfico e de filmagem, mas pelo visual, observamos que ainda tem um pouco de vazamento. Verificamos várias áreas manchadas por óleo, rebocadores ainda tenham fazer dispersão do óleo, mas ecologicamente, não é bom. Essa lâmina de água superficial é rica em algas, plânctos, fitoplânctons, que são o início da cadeia alimentar da vida marinha. Então todos esses seres estão comprometidos porque o óleo está sobre eles, não permitindo a passagem de luz”, atestou.
O secretário avaliou que a possibilidade do óleo chegar às praias de Macaé é remota, porque a predominância da corrente Brasil, que passa pela costa, leva o petróleo para outra área, em direção à África. Mas ele comentou que pode haver morte de fauna. “Espécies marinhas como baleias, golfinhos, tartarugas, precisam subir para respirar e o óleo causa dano a essa fauna marinha”, pontuou.
A estimativa da ANP é a de que a mancha agora tenha 3,8 quilômetros de extensão e cerca de um quilômetro de área, contra os cerca de dois quilômetros quadrados observados na segunda-feira (21). A ANP também disse que "ainda é possível notar o afloramento de óleo na superfície”.
Informação Do proprio site de Macaé
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